Taxa de ocupação no setor hoteleiro, em Belém, cresceu 5% no primeiro trimestre 2017


Mesmo com a crise econômica atingindo diversos segmentos econômicos do país, o setor hoteleiro na capital paraense aponta um crescimento de 5% na taxa de ocupação, no primeiro trimestre de 2017. Segundo dados obtidos da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Seção Pará (ABIH/Pará), foram ocupados 30% dos 13 mil leitos ofertados pelos 18 hotéis registrados na cidade, contrapondo-se positivamente ao se comparar com a taxa de 26% no mesmo período, ano passado.

Apesar desse crescimento, o clima no setor é de atenção e controle total. De acordo com o presidente da ABIH/Pará, Clóvis Carneiro, o que mais demanda os hotéis em Belém é o turismo de negócios. Cerca de 98% dos hóspedes que vêm à cidade, vêm a negócios. Os principais hóspedes vão desde o vendedor até ao presidente da empresa. “Como houve uma queda na atividade econômica geral do país, o hóspede também deixou de vir. Tivemos uma queda, e o ano de 2016 fechou em 39,73% (sendo que em 2015 a taxa de ocupação foi de 44,35%). Nós sentimos no primeiro trimestre deste ano, uma pequena melhora, em relação ao mesmo período no ano passado, porém o mês de abril não está sendo um mês bom para os hotéis”, conta Clóvis Carneiro.

Com relação ao crescimento na rede hoteleira, ele destaca que a oferta de quartos aumentou muito nos últimos anos, mas a demanda teve uma forte queda no ano de 2016, principalmente pela queda no movimento do Aeroporto Internacional de Belém, que caiu em torno de 13% devido à redução da malha área. Essa redução teve um reflexo muito forte no setor dos hotéis, porque 95% dos hóspedes chegam por avião. “Nós somos uma cidade bastante remota em relação aos principais centros emissores do país, que são Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Minas Gerais. Então, com essa diminuição da malha aérea houve um reflexo direto nos pernoites demandados em nossos hotéis”, relata Carneiro.

Avanço no cenário

Para que haja uma crescente ocupação na rede hoteleira, Clóvis Carneiro, que também é economista e proprietário do Hotel Princesa Louçã, destaca alguns indicativos para que ocorra esse aquecimento no setor. “ A primeira coisa é implementar a captação de eventos, o segundo passo é criarmos atrativos para o turismo de lazer. Imagino que o hóspede de lazer já está no nosso hotel, é o homem de negócio que vem, se a cidade oferece uma boa animação cultural, ele consegue ficar. Existem destinos que o sujeito vai fazer negócio e leva a família porque tem o que fazer naquele local. Aqui, nós ainda não conseguimos casar esta atração pelo lazer com o turista de negócio”, disse.

Ele cita, por exemplo, a hipótese de um show de teatro em Belém. O show poderia ser divulgado aos turistas de negócios – que já estão na cidade –, com o fim de despertar a vontade de assistir ao show. Lamentavelmente isso não ocorre porque a agenda cultural não casa com a agenda turística.


Por Isa Arnour, Jornalista 

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