Bolsas feitas com folhas naturais viram moda na Art&Chic Belém



De um a sete meses é o tempo necessário para a confecção de uma bolsa artesanal, produzida a partir de um elemento essencial e usual no ambiente da floresta:  a folha. A artesã Giana Rocha conta que o processo de produção é iniciado com a coleta das folhas, geralmente em bosques de Belém e de Ananindeua. “Não uso qualquer folha. Eu mesma faço a coleta das folhas; toco e sinto a resistência de cada folha; observo bem se este descarte da folha feito pela natureza será realmente útil para a produção do meu trabalho. Por isso a coleta é sempre entre 6h30 e 8 horas”, conta.

As bolsas feitas por Giana Rocha são produzidas com folhas naturais desidratadas e folhas esqueletizadas; duas técnicas diferentes feitas com as folhas e que requerem, acima de tudo, um bom tempo para aguardar o momento ideal de utilizá-las. “Para desidratar a folha selecionada coloco entre as páginas de um livro ou de jornal, de dois ou três dias, mudo o local da página do livro que ao longo do tempo vai sugando toda a água da folha. Já no processo de esqueletização da folha, coloco as folhas apenas em água, vou raspando a massa/clorofila uma a uma com escova de dente para liberar a água e espero o processo que dura no mínimo quinze dias. Dependendo do tipo da folha este processo pode durar meses”, explica Giana.

Além da folha desidratada e da folha esqueletizada, Giana utiliza na produção da bolsa a técnica de cartonagem, o tecido de decoração para acabamento e nos detalhes, as  fibras de bananeira. Já na alça, o material utilizado pode ser a madeira, sementes e os tecidos. As bolsas chamadas GI e Aline são as mais solicitadas e têm a produção totalizada com esses elementos naturais. “Com a técnica de desidratar e esqueletizar já consegui chegar até 13 tons de verde”, revela a artesã.

As folhas mais utilizadas com a técnica de desidratação são as de cacau, cupuaçu e olho de boi. E na esqueletização,  as folhas Ajiru, Biribá, Graviola, pata de vaca, dentre outras. As bolsas são resistentes à chuva, sol e poeira e têm durabilidade acima de cinco anos. “O mosaico que faço com as folhas, faz com que cada bolsa seja diferente. Além da resistência, a bolsa tem o vínculo emocional, pois quem cresce em Belém descobre, logo na infância, com o passeio em família pelo Bosque ou Museu, toda a beleza das folhas. E, são também produtos ecologicamente corretos, feitos a partir do descarte da natureza”, sintetiza Giana.

As bolsas da Giana Rocha estarão expostas na primeira Feira Art &Chic Belém que acontece no próximo 10 de dezembro, domingo, das 11h às 22h, na Estação das Docas. A Feira é uma vitrine de produções artesanais, além de moda, gastronomia, espaço kids e atrações culturais com artistas locais. Entrada franca.






Serviço: Giana Rocha – Bolsas e Acessórios
Valor médio da bolsa: R$ 110,00
Onde encontrar: Feira Art&Chic Belém, em 10 de dezembro, das 11h às 22h, na Estação das Docas, Armazém 3.

Fone: (91) 99634-4405

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